Monday, February 3


Acho que deixar as lembranças correr é o melhor a fazer. Não vou atrás, muito menos forçar algo tão indefinido. Já não é questão de te ter ao meu lado ou não. Preciso de ser honesta e talvez admitir que já nada é como era. Nem os meus sentimentos, nem a forma como me arrepiava somente ao lembrar-me dos teus beijos, do teu olhar, do teu cheiro. Nada é igual, e não pretendo que o volte a ser.
Por outro lado, ainda gosto tanto de ti. Não sei como definir o que sinto... É um misto de carinho envolvido num paninho quente e de certa forma, protector, porém, desprezo à mistura.
Não sei se sou eu que me estou a iludir... se é a minha mente a iludir o meu coração e o estúpido ainda acredita, ou se é ao contrário. Não sei mesmo de nada... a única certeza que tenho consiste em não voltar a cometer o mesmo erro.
Sinto que por muito que eu diga, nada irá mudar. Preferes ficar relaxado no teu canto a ver tudo a acontecer sem te preocupares com nada, e finalmente posso dizer "por mim tudo bem" porque, mais relaxada que eu neste momento, só mesmo o corpo de um cadáver. Vou deixar tudo acontecer, e se te sentir novamente a meu lado, tudo bem.. se não sentir, tudo bem na mesma.
Dá trabalho ser feliz mas agora que estou tão bem, pouca coisa me interessa.. nem mesmo tu.

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