Monday, February 3


Acho que deixar as lembranças correr é o melhor a fazer. Não vou atrás, muito menos forçar algo tão indefinido. Já não é questão de te ter ao meu lado ou não. Preciso de ser honesta e talvez admitir que já nada é como era. Nem os meus sentimentos, nem a forma como me arrepiava somente ao lembrar-me dos teus beijos, do teu olhar, do teu cheiro. Nada é igual, e não pretendo que o volte a ser.
Por outro lado, ainda gosto tanto de ti. Não sei como definir o que sinto... É um misto de carinho envolvido num paninho quente e de certa forma, protector, porém, desprezo à mistura.
Não sei se sou eu que me estou a iludir... se é a minha mente a iludir o meu coração e o estúpido ainda acredita, ou se é ao contrário. Não sei mesmo de nada... a única certeza que tenho consiste em não voltar a cometer o mesmo erro.
Sinto que por muito que eu diga, nada irá mudar. Preferes ficar relaxado no teu canto a ver tudo a acontecer sem te preocupares com nada, e finalmente posso dizer "por mim tudo bem" porque, mais relaxada que eu neste momento, só mesmo o corpo de um cadáver. Vou deixar tudo acontecer, e se te sentir novamente a meu lado, tudo bem.. se não sentir, tudo bem na mesma.
Dá trabalho ser feliz mas agora que estou tão bem, pouca coisa me interessa.. nem mesmo tu.

Saturday, December 28

A felicidade é sempre sol de pouca dura. Posso nunca mais ver o sol e sentir a brisa que me envolvia todas as manhãs. O pior é mesmo ser trocado por alguém que, sei lá.. não faça nem metade do que nós fazemos.
A vida é assim. Um dia tudo pode brilhar para nós, e no dia seguinte, o brilho pode ter sido roubado por alguém que o aproveitou.

Friday, December 27



Estou bem. É apenas isso que tenho para dizer e, com toda a sinceridade, digo também por acréscimo que, estou muito feliz. Sinto-me livre, e era isso que, no fundo, necessitava e sempre necessitei. Ganhei um par de asas novas, e não foi o Pai Natal que se encarregou de mas dar. Sinto-me capaz. É questão de carregar a mala às costas, seguir um trilho não planeado, viver o passeio até ao meu destino e apreciar todas as minhas paragens pelo caminho. Ser feliz é saber falar de si mesmo, e eu devo dizer que sou uma eterna apaixonada por palavras, músicas e pessoas inteiras. Ser feliz é encarar a vida de maneira positiva embora todos os desafios que nos são impostos.
Devo confessar que é no minimo estranho escrever sobre a felicidade sendo eu, uma pessoa que, aparentemente, só transcreve a dor que carrega, mas não posso deixar de dar ênfase à felicidade que carrego comigo no peito ultimamente. O mais engraçado é que não tenho motivo aparentente para tamanha felicidade.. simplesmente, estou feliz. E quem é que precisa de um motivo para ser feliz? Ninguém.
Aproveitem a vida, e não se permitam a bater tão fundo, como eu bati.

Monday, December 2



Fiz uma promessa a mim mesma. A partir de hoje, não vou mais atrás.
Não sabes o quanto custa. O meu corpo está aqui, mas a minha mente está ai contigo, juntamente com o meu coração. Levaste-o, e sinceramente, não o quero de novo. Fica com ele. Despedaçado, mas os sentimentos continuam lá.
Não sabes a falta que me fazes. Para ser sincera, acho que vou sempre ter saudades tuas. É algo que imagino ser continuo, e que assombra todos os cantos da minha alma. Por falar em alma, toda ela chora por ti.
Metade de mim vai continuar eternamente aqui, digas o que disseres, e acho que no fundo sabes isso e talvez o mal seja esse.
Parecia tudo tão verdadeiro.. todo o teu amor. Todo o teu carinho. É algo ao qual estou totalmente afeiçoada, e não quero deixar. O pior nem é, de todo, dizer-te adeus. É sim tentar evitar o vazio que me deixaste no coração, quando foste embora.
A minha alma sofre por não te conseguir obrigar a ficar, tenho de confessar. Se conseguisse mudar tudo o que sentes.. mudava.. mas eu simplesmente não posso obrigar-te a ficar. Não posso obrigar-te a querer-me, como eu te quero.
Amo-te mesmo.. e tanto te quero, como não quero, é verdade. É um amor "bipolar", da minha parte, mas é verdadeiro. Caso decidas voltar, espero que seja por vontade própria. Seria agradável não sei, digo eu.. mas não quero pensar mais nisto. Estou cansada de lágrimas que me fogem e tentam refugiar-se na minha almofada.


Quero chorar. Sempre fui a melhor pessoa para ti. Sempre vi o melhor em ti, mesmo nos teus piores momentos. Sempre te protegi. Nunca te abandonei. Pergunto-me, todos os dias, onde é que errei?
A vida não é justa. O amor.. as pessoas. Nada disto é justo. Amo-te demasiado, e tu só me prendes ainda mais, para colaborar com tudo isto. Podias simplesmente dizer que não, que não me queres mais.. mas não, continuas a dizer que me queres. Mas atenção, no futuro. Preferes guardar-me numa pequena concha, e talvez, só talvez!, no futuro, quando te lembrares da minha existência insignificante, dás ao nosso amor outra oportunidade de voltar a brilhar.
Acho que não tens, nem uma pequena noção do quanto te amo. Dói escrever isto. Dói chorar ao escrever isto, simplesmente porque me apercebo do quão ultrapassada me sinto, em relação à tua vida.

(28 de Novembro)