Saturday, April 19



   Não sei o que há em ti. Talvez seja o facto de, quando falamos, me transmitas a sensação de que nada mais interessa, ou porque me fazes sorrir mais do que qualquer outra pessoa. Pode ser a maneira como dizes a palavra mais acertada nos momentos mais propícios. Mas o que quer que seja, só quero que saibas que significa tudo para mim. Todo esse teu próprio brilho. Algo que me prende o olhar, o coração e sobretudo a alma. Já não a sinto vazia. Já não a sinto desbotada. Voltaste a colori-la. Os pingos que a sobrepõem em manhãs enevoadas já não tendem a afectá-la. Devolveste-me a capa protectora.
Tenho tantas saudades tuas. O tempo está mau lá fora, o céu ameaça começar a chorar, e eu só consigo estar bem recolhida nas nossas pequenas mantas a inalar o teu cheiro, que teima em perseguir-me.
O café fomegante ainda me envolve bem as memórias. Sabe como as deixar vivas. Café, o céu envolvido na obscuridade e pequenas estrelas. Um amor, duas bocas. Um amor, uma casa. Sem camisa, sem blusa. Só nós. Todas as nossas particularidades.
Seja como for, estou à tua espera. Volta, coberto da água que teima em cair lá fora. Estou pronta para me sentir envolvida nos teus braços outra vez.
Amo-te com todos os cantos da minha alma. Amo-te.

1 comment:

dae said...
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